(Joyce e Paulo César Pinheiro)
Meu corpo é pedra em que nascem
Corais, sargaços e líquen
Que os homens todos me abracem
Só quero aqueles que fiquem.
Gosto, meu bem, de andar nua
Me pinto feito arco-íris
Jamais me tires da rua
Porque jamais serei tua
Se tu não me repartires.
Senti paixão por um bando
Escorreguei como os peixes
Por isso eu peço que quando
Sentires que já estou te amando
Eu quero é que tu me deixes.
Sou de ceder minhas graças
Não sou aquela que queres
Pertençam ao rol das devassas
Não quero que tu me faças
Igual às outras mulheres.