(Jards Macalé e Torquato Neto)
Quando eu nasci
Um anjo torto
Um anjo solto
A um anjo louco
Veio ler a minha mão
Não era um anjo barroco
Era um anjo muito solto
Louco, louco, muito doido
Com asas de avião
E eis que o anjo me disse
Apertando a minha mão
Entre um sorriso de dentes:
Vai bicho
Desafinar o coro dos contentes