(Apá Silvino e Gilvandro Filho)
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Da inutilidade dos meus versos
Você nem quis saber
Da incapacidade dos meus sonhos
Você nem quis viver
Os meus arquitetados devaneios
E os meus solitários desenganos
Tanto que em vão improvisei
Você nem aí ... pra que?
E agora o que fazer com tanta estrela?
E o que molhar com os pingos que chovi?
Para que guardar no peito a flor mais bela?
Quem há de ouvir o que eu não escrevi?
Amores, se motivos de poema
Ou letra de canção
Acabam com um pé no sofrimento
Amores passam; o verso, não
No fim, a tudo que eu disse um dia
Imaginando alguma poesia
Você vai dizer: pra que?
E agora o que fazer com tanta estrela?
E o que molhar com os pingos que chovi?
Para que guardar no peito a flor mais bela?
Quem há de ouvir o que eu não escrevi?