(Sonekka e Gilvandro Filho)
Meio do mundo
Nas esquinas do planeta
Sono profundo
E a alma de poeta
Basta um gemido
O latido de um cachorro
Hoje eu me vingo
Hoje eu não morro
Parto pra longe
Não tenho mapa da volta
Sou meio monge
Não preciso de escolta
Lá na alvorada
Onde as luzes acontecem
Não dizem nada
Só aparecem
Destino torto
Esse de caminhar lento
Vivo tão morto
Vai ver, sou desatento
Empresto o riso
Ao primeiro da esquina
Sou indeciso
Sou minha sina
Já vou embora
Me chamaram para a ceia
Chove aqui fora
Mas a alma incendeia
Peço somente
Um delírio por segundo
Alguém está doente
Ou eu ou o mundo