(Flávio Venturini e Marcelo Borges)
Garra de onça mão de ninar
Um violeiro quer tocar
Alguma pele todo poder
E jardinar a fina flor de ser leve
Alma de anjo ou sabiá
Sua vontade quer voar
Busca o ninho de um grande amor
E bate asas some lá longe
Sua presença fica no ar
Feito perfume na manhã
Feito criança que aprende andar
Um violeiro tem de ser livre
Voa viola canta voz
Chora por mim por todos nós
Nem depresa, nem devegar
Ele aprende a ser assim
Só um desejo que não tem fim
Sua verdade é o rio mais fundo
Beira de mato chão de pisar
Um violeiro quer saber
Qual o valor de sua solidão
Quanta não valerá calar tudo
Puro cansaço pura canção
Uma saudade vem lembrar
Tanta riqueza que a vida tem
Um violeiro quer rodar mundo
Voa viola canta voz
Chora por mim por todos nós