(Zé Ramalho)
Int.:(E F#m A)
E Um velho cruza a soleira de botas longas De barbas longas, de ouro o brilho do seu colar F#m A E Na laje fria onde quarava sua camisa e seu alforje de caçador F#m A Oh! meu velho e invisível E Avohai F#m A Oh! meu velho e indizível, E Avohai Bm Neblina turva e brilhante Em meu cérebro A E Coágulos de sol Bm A A manita matutina que transparente cortina ao meu redor E F#m A Se eu disser que é meio sabido E Você diz que é meio pior F#m A E Mais pior do que planeta quando perde o girassol B A É um terço de brilhantes nos dedos de minha vó B A E nunca mais eu tive medo da porteira C#m B Nem também da companheira que nunca dormia só F#m A E F#m A E Oh! Avohai... Avohai E Um brejo cruza a poeira De fato existe um tom mais leve na palidez desse pessoal F#m A Pares de olhos tão profundos E Que amargam as pessoas que fitar F#m Mas que bebem sua vida E F#m Sua alma, na altura que mandar A E São os olhos são as asas cabelos de Avohai ... Bm A Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei E Bm A Voava de madrugada e na cratera condenado E Eu me calei F#m A E E se eu calei foi de tristeza você cala por calar F#m A E Mas e calado vai ficando só fala quando eu mandar Bm A Rebuscando a consciência com medo de viajar B A Até o meio da cabeça do cometa C#m Girando na carrapeta, no jogo de improvisar B Entrecortando eu sigo A Sempre a linha reta C#m B Eu tenho a palavra certa para doutor não reclamar F#m A E Oh! Avohai F#m A E Oh! Avohai...
Colaboração: Domingos Bezerra (Ming) - Recife - PE