(Ednardo)
Clareou, clareou, clarear
Zarpou a barca menina
Todos querem navegar
O horizonte segreda
Querendo a barca do dia
E eu que me quero vento
Canto canções maresia
Roendo a cruel cadena
Que ancora a nau da alegria
Enquanto brinco de brisa
Nos cachos de minha pequena
Clareou, clareou, clarear
Zarpou a barca menina
Todos querem navegar
As canções estão soltas no ar
E sendo vento eu quero cantar
Por destino, ofício, ou paixão
Assobio entre as pedras que guardam
Ouvidos atentos
E choro de tão contente
Se o fogo vejo espalhado
Clareando o infinito espaço
Do pensamento