(Ednardo)
Abri minha janela
Pra ver a cor do mar
Jangada, leve flor a deslizar
Entre espigas e cana verde
Rompe a manhã no arraial
Na beira da praia um porto
Corta o céu uma avoante
Cigana te vejo fluindo
Fluindo que vem da fonte
Espanta o breu
Da nossa fome
Luzia Menina Homem
Varanda da esperança
Fornalha que está em nós
No duro aço da voz
No som desse falar
Quem vem desse lugar
Branca é a flor do algodão
Pro teu corpo enfeitar
O ouro do sol já reflete
Pro teu nu decifrar
E esse enigma faz revelar
A romã do teu olhar
E esse enigma faz revelar
A romã do teu olhar