(Leco Alves)
Eu à margem do tempo , eu redoma, eu escudo
Quase longe, quase monge, quase mudo
Quase autista, sem ação, sem assunto
Eu e meu violão buscando abrigo na canção
Eu de óculos escuros, eu à espreita, eu à espera
Eu de costas pro mundo , eu nas frestas
Eu nos becos, eu de preto, eu de pedra
Eu e meu violão, cego cantando no sertão
Pra onde vou ? Por onde não?
por aí , eu e eu , eu e meu violão....
Eu me impondo critérios, eu me pondo na linha
Eu sem fada-madrinha, eu na minha
Eu sem fama, eu sem grana, eu sem drama
Eu e meu violão, anjo-da-guarda da ilusão
Eu cantando no banheiro, eu entrando em seu ouvido
Sobre p tapete mágico da música
Eu com asas, eu na lua, eu na sua
Eu e meu violão criando a trilha da paixão