(Celso Viáfora)
Linda como a luz da lucidez de quem te fez
Serra do mar, engole as águas do planalto
Sangra mas reluz, Caramuru dos pantanais
Serra do mar, vela o teu vale aqui do alto
Mansa, levando um rio de águas cansadas
Entorna a vida sobre o chão
Pra ressuscitar do nada
As vilas do vale da morte, as cinzas de Cubatão
Solitária luz na insensatez
De quem desfez o azul do mar
Até que um dia o mar se zangue
Sangra mas reluz o Uirapuru dos pantanais
Serra do mar, lava a fuligem desses mangues
Triste, levando um rio de águas sedentas
Troveja a força de Iansã
Chora as mágoas de Anchieta
E esconde a ira de Tupã
Sábia, espanta os piratas
Pra guardar Zumbi e Oxossi, o rei das matas
No seu coração Tupi