(Cícero Nunes e Portello Juno)
Você já sabe que o meu não é nenhum
Por isso é escusado
Você me pedir algum
Isso é feio viver de expediente
Você não é aleijado
Não é cego nem doente
Você tem coragem
De enfrentar um batedor
E quando eu lhe vejo
Chego até sentir pavor
Tenho a certeza que você tem conversando
Com a velha conversa
De me dá, me dá, me dá
Quatro tostões par Amim jantar
Me dá, me dá
Não dou, não dou
Contar vantagem
É o que você nunca cansa
Sempre com a conversa
Que vai receber herança
Dia pra dia você está se derretendo
E se a herança não vier
Você vai acabar morrendo
E você não reflete
Que está atrapalhando
Sempre com a mania de ser
Cantor de rádio
Vou lhe dar um conselho
Arranje uma colocação
Porque sopa de vento
Não é alimentação
Vai quebrar pedra
Na pedreira
Que é bom
Pro seu pulmão