(Ary Barroso)
Reside no subúrbio do Encantado
Num barracão abandonado
João de tal, cabra falado
E dizem que viveu fora da lei
Foi um rei
Que zombava da morte, tem o santo forte
No meio de gente bamba o seu prazer
Era tirar o samba
Pulava, dava rasteira
Topava briga de qualquer maneira
Mais hoje é um caco velho
Que não vale nada
Tem a cabeça branca e a pele encarquilhada
Faz até pena ver o seu estado
A vida é essa
É um segundo que se esvai depressa
Todos nós temos o nosso momento
E depois dele só o esquecimento