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02/09/1960 - São Paulo - SP
Iniciou
a carreira artística em 1982, quando integrou o grupo músico-teatral
Aguilar e Banda Performática, que chegaria a lançar um LP independente.
Ainda no mesmo ano, entrou para o grupo Titãs do Iê-Iê, que logo
abreviaria o nome para Titãs, banda na qual permaneceu até 1992.
Entre 1982 e 1992, quando integrou os Titãs, realizou inúmeras
apresentações por todo o Brasil e em outros países como Suiça
(Festival de Montreaux, em 1989), Portugal e EUA.
No ano de 1992 recebeu o "Prêmio de Melhor Música do Ano"
com "Grávida", (c/ Marina Lima) da APCA (Associação
Paulista dos Críticos de Arte).
A partir de 1993, iniciou carreira solo lançando o CD "Nome",
projeto multimídia acompanhado de livro e vídeo. Do disco participaram
Péricles Cavalcanti, Edgard Scandurra, Marisa Monte, Arto Lindsay
e João Donato, entre outros.
Nos anos seguintes, lançou o CD "Ninguém" (1995) e o
disco "O silêncio" (1996).
Fez parcerias com vários artistas, principalmente na década de
1980, entre os quais se destacam Jorge Benjor, Gilberto Gil, Arto
Lindsay, João Donato, Roberto Frejat, Arrigo Barnabé, Paulo Leminski,
Roberto de Carvalho, Cazuza, Frejat, Pepeu Gomes, Alice Ruiz,
Edgard Scandurra, Carlinhos Brown e Marisa Monte.
Em 1998, lançou o quarto disco, "Um som", que, apesar
de manter o tom de experimentação, apresentou um acabamento mais
pop.
Como poeta, com forte influência do movimento Concretista, recebeu
elogios dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos, que o consideram
um dos melhores poetas da sua geração.
Participou, em 1999, de dois projetos ligados a Chico Buarque,
interpretando "Cotidiano", no songbook preparado por
Almir Chediak, e participou da exposição "A imagem do som
de Chico Buarque", promovida pelo Paço Imperial (RJ), com
um trabalho inspirado na composição "Meu refrão".
Em 2000, compôs a trilha sonora para o espetáculo de dança "O
corpo", do Grupo Corpo, de Belo Horizonte. No ano seguinte,
lançou pela gravadora BMG "Paradeiro", o quinto disco
solo, no qual incluiu "Exagerado" (Cazuza, Ezequiel
Neves e Leoni), "Luzes" (José Miguel Wisnik e Paulo
Leminski) e ainda "Na massa" (c/ Davi Moraes), "Atenção"
(c/ Alice Ruiz e João Bandeira), "Santa" (c/ Carlinhos
Brown), "Debaixo d'Água", "Se tudo pode acontecer",
"Cidade", "Essa mulher", parceria com Carlinhos
Brown e Marisa Monte e ainda a faixa-título "Paradeiro",
interpretada em dueto com Marisa Monte. O disco foi produzido
por Carlinhos Brown e Alê Siqueira. Ainda neste ano de 2001, Zélia
Duncan fez sucesso com "Alma", composição de sua autoria
em parceria com Pepeu Gomes. Neste mesmo ano, Suzana Salles gravou
"Paraíso eu", de sua autoria no CD "As sílabas".
Suas composições foram gravadas por vários artistas, entre eles,
Ira!, Sandra de Sá, Ney Matogrosso e Cássia Eller, no sucesso
"Socorro", em parceria com a poeta Alice Ruiz.
No ano de 2002, ao lado de Angela RôRô, participou como convidado
de Roberto Frejat do "Projeto Concertos MPBR", apresentado
no Canecão, no Rio de Janeiro. Ainda neste ano, ao lado de Branco
Mello, Biquini Cavadão, Jair Oliveira, Penélope, Nando Reis e
Frejat, participou do CD da ópera-rock "Eu e meu guarda Chuva",
com composições de Branco Mello em parceria com Ciro Pessoa, produzido
por Luiz Carlos e Bruno Gouveia. Neste mesmo ano, participou outra
vez do "Projeto Concertos MPBR", desta vez na casa de
espetáculo Tom Brasil, em São Paulo, tendo Jussara e Frejat como
convidados especiais. Elza Soares gravou de sua autoria "Eu
vou ficar aqui" no disco "Do cóccix até o pescoço".
Ainda em 2002, gravou junto à Marisa Monte e Carlinhos Brown o
disco "Os tribalistas". O disco ainda contou com as
participações de Margareth Menezes (voz), Dadi Carvalho (violão,
guitarra slide, guitarra, bandolim, cavaquinho, piano, órgão Hammond
e acordeom) e Cezar Mendes (violão). No repertório, as parcerias
de Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte em "Carnavália",
"Um a um", "O amor é feio", "É você",
"Mary Cristo", "Anjo da guarda", "Lá
de longe", "Já sei namorar", "Tribalistas",
"Velha infância" (c/ Davi Moraes e Pedro Baby), "Passe
em casa" (c/ Margareth Menezes) e "Carnalismo"
(c/ Cezar Mendes), além de "Pecado é lhe deixar de molho"
(Carlinhos Brown, Marisa Monte e Cezar Mendes). A gravação foi
realizada em apenas duas semanas, no estúdio caseiro de Marisa
Monte, sendo filmada por câmeras digitais que geraram as imagens
para o DVD. O disco, produzido por Alê Siqueira, atingiu rapidamente
altos índices de vendagem, com o grande sucesso obtido pela faixa
"Já sei namorar". Ainda em 2002, os artistas foram contemplados
com o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes de
São Paulo) de Melhor Disco e com o Troféu Imprensa, nas categorias
Melhor Grupo e Melhor Música ("Já sei namorar"). Neste
mesmo ano de 2002 Gal Costa regravou com sucesso "Socorro"
(Arnaldo Antunes e Alice Ruiz) no disco "Gal bossa tropical".
Ainda em 2002 foi lançado o livro "A vida até parece uma
festa", biografia do grupo Titãs escrita pelos jornalistas
Hérica Marmo e Luiz André Alzer.
No ano de 2003 Arnaldo Antunes apresentou o show "Paradeiro",
no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Participou
de vários disco de tributo, entre eles, Chico Buarque, João Donato,
Cazuza e Mutantes. Fez também participações em discos de outros
artistas: CD "Jota Quest - MTVT ao vivo" na faixa "Tanto
faz"; no CD "O Grande Circo Místico" da peça homônima,
na música "A bailarina"; no disco "Memórias, crônicas
e declarações de amor", de Marisa Monte na faixa "Amor
I love you"; no CD "São Paulo confessions", de
Suba, na faixa "Abraço"; no disco da banda baiana de
rock Penélope, na faixa-título "Superfantástico"; também
na faixa "Máximo fim" do disco "No olho do lago?",
do cantor e compositor Cid Campos (filho do poeta concretista
Augusto de Campos); na faixa "Poemas" do disco "João
Marcelo Bôscoli e CIA", e no disco "Meu nome é Brasil",
de Moraes Moreira, no qual em parceria com o anfitrião interpretou
''Trem das onzes", de Adoniran Barbosa, entre tantos outros.
Apresentou-se em festivais na Espanha e Portugal e ainda em uma
turnê, com Marisa Monte e Carlinhos Brown, na Europa, divulgando
o disco "Os Tribalistas", que vendeu no ano de seu lançamento
900 mil cópias (oficiais) no Brasil e 80 mil na Itália. Embora
o projeto "Os Tribalistas" tenha se limitado ao lançamento
do CD e do DVD, sem a intenção de espetáculos ao vivo, em 2003
o grupo fez um showcase para jornalistas e diretores da gravadora
EMI, em Paris, e apresentou-se na festa de entrega do Grammy Latino,
em Nova York. Nesse mesmo ano, foi contemplado com os seguintes
prêmios: "Multishow de Música Brasileira", nas categorias
"Melhor CD", "Melhor DVD" e "Melhor Música"
com "Já sei namorar"; prêmio "Austregésilo de Athayde",
da Academia Brasileira de Letras, na categoria "Melhor CD",
prêmio "Tim" na categoria "Melhor Grupo";
Grammy Latino, na categoria "Melhor Álbum Pop Brasileiro
Contemporâneo"; prêmio "Nickelodeon Brasil", nas
categorias "Melhor Música" ('Já sei namorar') e "Melhor
Banda"; "Melhor Artista Internacional", no "Festival
Bar Verona Itália"; prêmio Ondas (Espanha), na categoria
"Melhor Artista ou Grupo Latino"; e "Italian Music
Awards", na categoria "Revelação Internacional?".
Foram também premiados pela revista "Rolling Stones"
(edição argentina), nas categorias "20 Melhores Discos",
"Dez Celebridades" e "Cinco Melhores DVDs".
Em Portugal, o disco atingiu a vendagem de 190.000 cópias, o equivalente
a quatro discos de platina, registrando a maior vendagem do ano
no país. Ainda em 2003, Rita Lee gravou no CD "Balacobaco"
a canção "Já te falei", parceria inédita de Marisa Monte,
Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Dadi Carvalho. Nesse mesmo
ano, a editora Gryphus lançou "Tribalistas - Livro de Partituras".
Com mais de 1 milhão de cópias vendidas no Brasil e 800 mil no
exterior, o disco foi contemplado, em 2004, com o Prêmio Amigo,
concedido pela indústria fonográfica da Espanha, na categoria
"Melhor Álbum Latino". Nesse mesmo ano, a faixa "É
você" foi incluída na trilha sonora da novela "Da cor
do pecado", da Rede Globo. Ainda em 2004 a banda Titãs lançou
o primeiro disco pela nova gravadora BMG: "Como estão vocês?",
no qual foi incluída de sua autoria "Esperando para atravessar
a rua", parceria com Tony Belloto e Charles Gavin. Em abril
de 2004 lançou o CD "Saiba", por seu próprio selo Rosa
Celeste, com distribuição da gravadora BMG. Do disco, produzido
em parceria com Chico Neves, destacaram-se as faixas "Elizabeth
no Chuí" (c/ Carlinhos Brown) e "Consumado", composta
em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown, além da faixa-título
e a regravação de "A razão dá-se a quem tem" (Noel Rosa,
Ismael Silva e Francisco Alves). Neste mesmo ano Rita Lee, no
disco "Rita Lee - MTV ao vivo", incluiu de sua autoria
"Meio fio", parceria com Rita Lee e Roberto de Carvalho.
Ainda em 2004 Arnaldo Antunes compôs "Alegria", música
que integrou a trilha sonora de "Benjamim", filme de
Monique Gardenberg baseado em romance homônimo de Chico Buarque.
O filme recebeu sete indicações no "Grande Prêmio Cinema
Brasil", sendo uma delas na categoria "Melhor trilha
sonora".
No ano de 2006 lançou o CD "Qualquer" no qual foram
incluídas "Hotel Fraternité", sobe poema do alemão Hans
Magnus Enzensberger, traduzido por Aldo Fortes e incluída no filme
"Achados e perdidos", do diretor José Joffily; "Pra
lá" (c/ Adriana Calcanhotto); "O que você quer saber
de verdade" e "Contato imediato", ambas em parceria
com Marisa Monte e Carlinhos Brown), "Qualquer", parceria
com os portugueses Helder Gonçalves e Manuela Azevedo, integrantes
da banda Clã e ainda "Num dia" (c/ Helder Gonçalves,
Manuela Azevedo e Chico Salem; "2 perdidos" e "Da
aurora até o luar", ambas com Dadi; "Lua vermelha"
e "Sem você", ambas com Carlinhos Brown; "Eu não
sou da sua rua" (c/ Branco Mello); "As coisas"
(c/ Gilberto Gil), além de duas outras composições "Acabou
chorare" (Moraes Moreira e Luiz Galvão) e "Nossa Bagdá",
de Péricles Cavalcanti. O disco contou com produção de Alê Siqueira
e com os músicos Paulo Tatit (baixo e violão), Edgard Scandurra
(guitarra), Daniel Jobim (piano elétrico), Chico Salem e Cezar
Mendes (violões de aço e de nylon), Dadi (baixo, bandolim, guitarra
sitar e okulele). A turnê de lançamento do disco "Qualquer"
conta também com cenário e um video de média-metragem com imagens
e fotos feitas pela fotógrafa e artista Márcia Xavier, namorada
de Arnaldo Antunes.
No ano de 2007 lançou em show no Allegro Bistrô - Modern Sound,
em Copacabana, o CD e DVD "Ao vivo no estúdio", gravadora
Biscoito Fino, no qual interpretou várias composições, entre elas
"Eu não sou da rua" (c/ Branco Mello), com a participação
especial do parceiro; "Para la´" (c/ Adriana Calcanhoto);
"Não vou me adptar", com participação de Nando Reis;
"Judiaria" (Lupicínio Rodrigues), com participação do
guitarrista Edgard Scandurra; "Velha infânica" e a "Um
a um", ambas em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown
e nas quais contou com a participação dos parceiros e do baixista
Dadi. Também foram incluídas no CD e no DVD as faixas "Qualquer
coisa" (Caetano Veloso), "As coisas", parceria
com Gilberto Gil, "Socorro" (c/ Alice Ruiz) e "Se
tudo pode aparecer", além da única inédita "Quarto de
dormi", em parceria com Marcelo Jeneci. Neste mesmo ano Paulinho
da Viola interpretou "Talismã", primeira parceria de
Paulinho da Viola, Marisa Monte e Arnaldo Antunes, no disco "Paulinho
da Viola - Acústico MTV".
Suas composições foram gravadas por diversos artistas da MPB:
"Lua vermelha", parceria com Carlinhos Brown, gravada
por Maria Bethânia no CD "Âmbar" (1996), "Eu não
sou da sua rua", parceria com Branco Mello, gravada por Marisa
Monte no CD "Mais" (1990); "As coisas", parceria
com Gilberto Gil, gravada pelo parceiro em dueto com Caetano Veloso
no disco "Tropicália 2 (1993) e ainda "Sem você",
gravada pelo parceiro Carlinhos Brown em 1998 no CD "Omelete
Man", esta regravada pelo próprio Arnaldo Antunes junto com
Arto Lindsay e Davi Moraes para a coletânea "Red Hot Lisbon",
lançada no exterior.
Biografia:
Dicionário
Cravo Albin da Música Popular Brasileira
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