Anna Ly já
começou a sentir o gostinho da repercussão do seu trabalho a nível nacional
e internacional. As faixas “Pra te interpretar” e “Quem Somos Nós”, além do
remix para “Material world”, do CD Panapaná, entraram nas programações de
importantes rádios de Londres (como a BBC e a Jazz FM), Roma, Amsterdam,
Munich e Tokyo. Serviram também como trilha sonora em desfile da estilista
Christianne Marchand, em Paris, no clube Bypass. O CD Panapaná agora
juntamente com o What a Wonderful Bossa World”, recentemente lançado,
aparecem com destaque no mais importante website de pesquisa musical, o All
Music Guide (http://www.allmusic.com),
e começam a ser procurados em vários países da Europa, nos E.U. A e Japão,
disponibilizados através de lojas virtuais como a Amazon americana,
francesa, alemã e canadense.
Rotular Anna Ly apenas como baixista e cantora é impreciso. Na verdade,
trata-se de uma multi-instrumentista com sólida base musical, a começar pelo
estudo de piano clássico na infância. Na adolescência, encantou-se com o
teatro, estudando por três anos no Rio com Amir Haddad e atuando como atriz
enquanto lapidava sua técnica como baixista (com Yuri Popoff) e tecladista
(com Tomás Improta, então pianista de Caetano Veloso). Vivendo por algum
tempo na ponte-aérea RJ-BH-SP, tocou com vários cantores e bandas – Bauxita,
Samuel Rosa, Jota Quest, Jorge Continentino, Junia Lambert –,
apresentando-se no Circo Voador e no Programa Livre (Serginho Groissman),
Após estudar canto e guitarra, adotou em 93 o nome artístico Ana Luiza Lee,
aprontando um show cover de Rita Lee que alcançou grande sucesso. Formou
duas bandas integradas apenas por mulheres: Boy Stuff e Máxima Crueldade.
Optando pela carreira-solo, disparou sucessivos shows – “Mademoiselle chant
le blues” (96), “Tic-Tic for you” (98), “In concert” (99) e “Explicatrix”
(2003). Participou de inúmeros festivais, emplacando a sua composição
“Conversa pra boi dormir” entre as doze finalistas do “FestBelô 2000”,
(também incluída no CD “De Fora pra Dentro” gravado pela cantora Sônia
Andrade em 2004). Participou do CD “BH-Nossa Música”, junto com grandes
nomes da música mineira com a canção “Quem Somos Nós”. Fez cursos de
aperfeiçoamento em harmonia, arranjo e música modal com o maestro Ian Guest
(um dos arranjadores do lendário “Quem é Quem”, de João Donato), começando a
trabalhar como educadora musical no Centro de Musicalização Infantil da
UFMG.
Em 2005 participou do CD “The Tropical Lounge” de Marcelo Salazar, se
somando a um timaço de mais de 40 músicos, entre eles Danilo Caymmi, e o DJ
Marcelinho Da Lua, ano em que também fez uma participação no CD infantil
“Catibiribão” produzido pela cantora Sílvia Negrão. Neste mesmo ano se
apresentou ao lado da cantora Gisele Couto no projeto Cantoras Daqui
realizado pelo BDMG Cultural.
O violonista Marcio Correia tocou com o cantor Mauro Ramos e é
percussionista dos grupos de samba Fidelidade Partidária (o grupo acompanhou
grandes sambistas como Wilson Moreira, Walter Alfaiate, Luiz Carlos da Vila
e Galotte) e Pé de Passagem.
Desde 2005 fazendo aulas de canto com a professora Fernanda Martins, Anna Ly
e Márcio Correia neste duo, que fascinou João Gilberto, fizeram shows de
lançamento do CD What a Wonderful Bossa World no Horse’s Neck Jazz Bar do
Hotel Sofitel do Rio de Janeiro em março e abril de 2006. |