(Arrigo Barnabé e Carlos Rennó)
Na noite alta os ratos rondam
E no asfalto os carros roncam
Bares e clubes luzem, sinais
Gangues de punks lúmpens demais
E prostitutas passam ao léu
E viaturas surgem no breu
Quando nas casas os justos dormem
Quando não matam os brutos morrem
Os seus olhos filtram letras
Luminosos, faroletes e holofotes
Nos seus olhos se reflete
Todo o lume do negrume dessa noite
Cena de bangue-bangue, faróis
Tiras, bandidos, anti-heróis
Tiros e gritos, cante mortal
Cena de sangue, lance normal
E pelas ruas, peruas rugem
Se abrem alas e as balas zunem
De repente você treme
E a sirene passa entre automóveis
Em suspense você pensa
O que pode com o ódio desses homens?