Viola
Quebrada
(Ary Kerney e Mário de Andrade)
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Quando da brisa no açoite
A flor da noite se acurvou
Fui encontra coma a Maróca meu amor
Eu senti n'alma um golpe duro
Quando ao muro já no escuro
Meu olhar andou buscando
A cara dela e não achou
Minha viola gemeu
Meu coração estremeceu
Minha viola quebrou
Meu coração me deixou
Minha Maróca resolveu
Pra gosto seu me abandonar
Porque o fadista nunca sabe trabalhar
Isto é besteira pois da flor
Que brilha e cheira a noite inteira
Vem depois a fruta que
Dá gosto de saborear
Minha viola gemeu
Meu coração estremeceu
Minha viola quebrou
Meu coração me deixou
Por causa dela sou um rapaz
Muito capaz de trabalhar
E todos os dias, todas as noites capinar
Eu sei carpir porque minh'alma
Está arada e loteada
Capinada com as foiçadas
Desta luz do seu olhar
Voz: Pena Branca
Voz: Xavantinho
Voz: Ná Ozzetti
Violão de Aço, Violão de Nylon, Bandolim e Contra Baixo Elétrico:
Kapenga
Percussão (Ganzá e Bells): Dinho do Nascimento
Violão de Nylon: Irineu Marinho
Arranjo: Kapenga
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