QUERO PASSEAR
1988
Selo: Independente/Palavra Cantada

 


Discografia
     
 

A Incrível História do Dr. Augusto Ruschi, o Naturalista e os Sapos Venenosos
(Paulo Tatit)

Na América do Sul tem um pais chamado Brasil onde acontecem coisas incríveis e nos vamos contar como é que o naturalista Augusto Ruschi se tratou da doença terrível que ele pegou dos sapos venenosos.

Dr. Augusto Ruschi, o naturalista e os sapos venenosos.

Ele era naturalista porque gostava da natureza, estudava a natureza, entendia os bichos, as matas, as formigas, os passarinhos... e defendia a natureza!
Não deixava ninguém derrubar árvores, queimar florestas, poluir rios, matar e arrancar a pele dos animais, não deixava.

Dr. Augusto Ruschi, mais vale um pássaro voando que dois na mão.

Mas antes de contar onde, como e porque os sapos venenosos envenenaram o Dr. Ruschi, quero vem quem adivinha qual o bicho que ele mais gostava. Dou-lhe uma, ... dou-lhe duas... dou-lhe três... o beija-flor! Beija-flor das fadas; vermelho; saíra; besouro; pardo; d'água; do mato; de penacho; comum; em geral.

Mas um dia, ... um dia ele estava sozinho na floresta e vieram os sapos, os sapos venenosos! Primeiro ele parou e viu aqueles sapos escondidos... ai ele falou:
- "Que sapos bonitos, vou estudar estes sapos" e levou alguns sapos para examinar melhor na casa dele! ih! Mas ele não sabia que aquele tipo de sapo quando ficava nervoso, irritado, soltava um veneno terrível que podia ser mortal!

Cuidado Ruschi! Chiii, agora ele estava envenenado!

Dr. Augusto Ruschi, o naturalista, envenenado!

Ai, ai, ai.

Tentou os hospitais, as farmácias e drogarias, consultou médicos, falou com cientistas, especialistas, tomou remédio, fez dieta, fez de tudo, mas nada, nada, nada adiantava.

E o Dr. Augusto Ruschi, o naturalista, envenenado...

Nesses casos assim tão graves, só se alguém tiver uma grande idéia e pensar uma coisa diferente, e pensar o que pouca gente pensa...

E foi assim que um poeta lá do Rio, pediu ao Presidente do Brasil, pra falar com o cacique dos índios (é claro, o cacique dos índios!)

E veio o cacique Raoni
E veio o pajé Sapaim

Trouxeram as ervas lá do alto Xingu
Umas ervas estranhas pra chuchu
E disseram: "Viemos curar professor amigo do índio e dos bichos".

E disseram e fizeram a pajelança. Medicina de índio, pajelança.

Fumaram cigarros, deram banho de ervas, esfregaram as mãos, fizeram massagem... retiraram o veneno... curaram!

E todo mundo viu no jornal e TV, todo mundo acompanhou pelas fotografias.
A gente via e ele lia ao lado dos dois amigos: Raoni, Sapaim.

E o Dr. Ruschi, o naturalista pôde então concluir o seu trabalho; feliz ele foi atras de uns beija-flores que faltavam pra completar seu livro: BEIJA-FLOR de papo branco, da mata virgem, de topete, de colarinho da cordilheira, grande, Brasil.

Voz, Violão e Vocal: Paulo Tatit
Flauta: Hélio Ziskind
Percussão: Pedro Mourão
Bateria: Gal Oppido

QUERO PASSEAR
Músicas
1
CANÇÃO DO CARRO
2
QUERO PASSEAR
3
MANÉ FALA Ó
4
PIPOCA E CHICLETE
5
ROBÔ BIBELÔ
6
A INCRÍVEL HISTÓRIA DO DR. RUSCHI, O NATURALISTA E OS SAPOS VENENOSOS
7
O MONSTRO
8
GAROTA SOLITÁRIA
9
A NOITE NO CASTELO
10
ERNESTINHO
11
MARCHINHA DO CAVALO
12
MOSQUITINHO
13
MICÓBRIO, O DANÇARINO INFELIZ
14
EU É QUE NÃO!
15
A PULGA E A DANINHA

 

 

 
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Última atualização em 05 de setembro de 2010