Rosa
(Pixinguinha e Otávio de Souza)
Tu és divina e graciosa, estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada e formada com o ardor
Da alma da mais linda flor, de mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se
Deus me fora tão clemente aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela deslumbrante e bela
O
teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz do arfante peito
teu
Tu
és a forma ideal, estátua magistral
Oh! Alma perenal do meu primeiro amor, sublime amor
Tu
és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação que em todo coração sepultas o amor
O riso, a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És
Láctea estrela, és mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão
se ouso confessar que hei de sempre amar-te
Oh! Flor, meu peito não resiste
Oh! Meu Deus quanto é triste
A incerteza de um amor que mais me faz penar
E esperar, em conduzir-te um dia ao pé do altar
Jurar
aos pés do onipotente em prece comovente
De dor, e receber a unção de tua gratidão
Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer, de todo fenecer
Voz:
Ná Ozzetti
Piano: André Mehmari
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