(Alexandre Lemos)
Bem daqui do mar da Índias Ocidentais
Eu penso em movimento
Enquanto a luz do sol se quebra e se desfaz
Em rajadas de vento
Daqui das Novas Índias desse céu azul
Eu amo em amarelo
Tanto mais eu sonho quanto mais ao sul
E o vento no cabelo
Holandas quantas são
Quantas virão quando e depois
Sangrando a palma, lendo a alma
Decifrando girassóis
Holandas em nós dois
Girando em todos nós
Além dos mares, tantas vezes
Esses mares potugueses, espanhóis
Bem aqui no Deus dará de Vera Cruz
Onde não há moinhos
Cegamos nossos olhos dessa tanta luz
De sermos tão sozinhos