Z da questão

(Itamar Assumpção)

Fiz essa canção com versos vulgares
Melhores não sei pra dar-lhes
Sou poeta não vim só entregar-me
Só vim cantar-lhe
Eu não sou Romeu nem Ulisses
Nem de longe o mago de Oz
Nem Zeus nem Jesus nenhum deus
Nem Eros nem Platão nem Sócrates
Você é tão linda
Tanto faz que use blusa de seda
Ou chita ou pura renda
Às vezes me afundo
Fico reclamando
De tudo, de todo mundo
Bate um desespero
Ver alguém matar alguém
Por meros 30 dinheiros
Fato corriqueiro
Mas não me acostumo
Nem gosto do cheiro
Complicado o que sou assim
Aqui Viena ou Milão
Na Penha São Paulo na estrela Vésper
N’algum lugar do Japão
Shyiwacê wa shita ni teral no rana no chita me
Ser ou não feliz
Existe um ditado por aí que diz
A felicidade fica bem debaixo
Do nosso próprio nariz