(Itamar Assumpção)
(Peço perdão pela minha ignorância,
Eu venho assim desde a minha infância).
Desde pequeno aprendi a decidir,
Quebrando o galho pelo meio que quisesse.
Na escola o pouco, pouco tempo que fiquei,
Foi muito pouco para que eu me rendesse.
Meu pai dizia "filho meu não foge à luta",
Se orgulhava das façanhas do herói.
Por isso brigo e vou brigando pela vida,
(Honro meu pai a cada ofensa que me dói).
(Mas... quem sabe um dia ainda posso ser
um sócio de um homem de negócio?)
Eu fui crescendo, fui crescendo,
Até a barba despontar na minha cara.
Fiquei famoso pelas brigas que consigo.
Dia sem briga pra mim é coisa rara.
O meu amigo é amigo pelo medo,
Só me badala, me badala, me badala.
E todo o cara que me insulta morre cedo...
(É na virada da montanha que se cala).
(Peço perdão pela minha ignorância
educação foge-me à lembrança).
E ontem mesmo aprontei um bafafá,
Houve briga lá na casa do José...
Puxei da faca, rodopiei em cima da mesa,
gritei bem alto: "o primeiro que vier!...”
"E dei um pulo como o gato sobre o rato,
risquei à faca todas as costas do Mané.
Soltei um berro muito forte pra assustar
Ahaaa!!!
(enquanto dava viravolta e pontapé).
Mas (quem sabe um dia ainda posso ser um sócio
de um homem de negócio)
quem sabe um dia ainda passo ser um sócio de um homem...