Invernada

(Almir Sater, Guilherme Rondon e Paulo Simões)

A noite cai na fazenda
E a lua banha o telhado
As lamparinas acendem
Motor já foi desligado

Silêncio que engole a gente
Não demora a ser quebrado
Violas recompensando
Um dia bem trabalhado

Um verso que sai à toa
De boca sempre calada
Já lembra de uma pessoa
Idéia premeditada

Morena que me escuta
Desfiando essa toada
Que meu coração lhe sirva
Um dia de invernada

Espero se for preciso
Mais uma longa jornada
Às vezes perco o juízo
Mas volto por essa estrada
Que chega no paraíso
Onde a paixão fez morada