(Edvaldo Santana, Mauro Paes e Artenio Fonseca)
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O trem de ferro, se não fosse JK
Ia ser bom pra transportar
Brasil inteiro
Em Trinidad, quando o trem ta pra chegar
Do Itaim dá pra ver que já vem cheio
Calmon Viana, variante de Itaquá
Oh, seu Goulart, Aracaré com Mane Feio
Ele que pega sempre, sem faltar o cinco e meia
Que anda cheio feito cela de cadeia
Vai pendurado pela porta feito um cacho
Da bananeira, é gente em cima, gente embaixo
E vai no vendo de estação em estação
E chega em casa ainda reza uma oração
Toma cachaça, chuta a porta do barraco
Ronca de um jeito que até espanta o cão
Trem tem o samba do trem
No vagão do trem, tem um samba de trem
Moça bonita, arroz na marmita
No fundo querendo sair na revista
Moleque no teto, bancando o surfista
Maluco fumando cigarro de artista
No hino do crente ambulante na fita
Um rap, um pagode
Uma salsa, um rock
Um reggae e um xote
Um coco e um blues
Voz e Violão: Edvaldo Santana
Percussão: Ricardo Garcia
Baixo: Mintcho Garranmone
Guitarra: Luiz Waack
Bateria: Eduardo Batistela
Trombone: Bocato