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Bons Tempos
Foto:
Divulgação
É praticamente impossível definir com exatidão a data em que o Grupo Bons Tempos iniciou suas atividades. O fato é que no início da década de 80 os cinco integrantes (Alfeu/cavaquinho e vocal, Caco/vocal solo e percussões, Chiquinho/pandeiro, Elder/timba e vocal e Newton/violão de 7 cordas e vocal) se encontraram, quase que por acaso, nos botequins da cidade onde as rodas de música aconteciam. O amor pela música brasileira fez com que os encontros se multiplicassem... e as canções que eram cantadas informalmente nas mesas dos bares ganharam espaço nos palcos da cidade, acabaram viajando por muitos lugares e continuam com a chama acesa...e lá se vão muitos anos.
Nesses quase 20 anos de história, muita coisa mudou no mundo, mas a qualidade do trabalho desenvolvido pelo Bons Tempos continua incontestável.
Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Cartola e Ari Barroso, são alguns dos compositores da velha guarda com quem o grupo mantém estreita ligação - e se seus sambas não encontram espaço na programação comercial da maioria das rádios de hoje, esse mesmo espaço não falta nos shows que o grupo apresenta. Ao lado de sambas de autoria própria, e canções de compositores como Caetano Veloso, Chico Buarque e João Bosco, os shows do Bons Tempos são uma prova de o quanto o público necessita de música de qualidade.
Após um longo período de trabalho, o grupo lança, em 2001, o CD "Bons Tempos na Mesa do Samba", fruto de quase 4 anos de um trabalho que foi diversas vezes interrompido, devido a compromissos particulares dos integrantes do grupo.
O CD foi inteiramente gravado no estúdio MSG de Campinas, e contou com vários músicos convidados, entre os quais se destaca o grande trombonista carioca Zé da Velha (na faixa "Samba do
Ziriguidum").
Este trabalho pretende ir além de ser apenas mais um CD que chega ao mercado: pretende ser um manifesto. A mensagem é de que é possível sim fazer música de qualidade, pura, cantando o que há de melhor no nosso país, sem sofrer "diversas influências", como está tão na moda dizer, quando se lança um novo trabalho musical.
Os sambas "Pra Quem Merece" (Alfeu Júlio) e Força da Ilusão (Newton Gmurczyk-Caco Píccoli) são da lavra própria do grupo e já tinham gravados anteriormente em 2 longplays no passado. Já "Veleiro", de autoria de Zeza Amaral e Alfredinho Soares, é um samba inédito, e é a homenagem do Bons Tempos a todos os compositores e músicos que iniciaram a música ao vivo na cidade, há 30 anos atrás.
Outro destaque é o samba-choro "Cantar", de autoria de Godofredo Guedes, que pela primeira vez foi gravado com sua letra integral. A parte mantida inédita da canção foi presenteada ao Bons Tempos pelo filho de Godofredo, o grande compositor mineiro Beto Guedes.
ARY, O
BRASILEIRO
Nos dias 2 e 3 de agosto de 2005 o Grupo Bons Tempos gravou ao vivo DVD
e CD do espetáculo “Ary, o Brasileiro”, sobre a vida e obra de Ary
Barroso, com patrocínio exclusivo da Petrobras.
O show foi apresentado pela primeira vez em 1994, em Campinas-SP, com
temporadas no Rio de Janeiro, no Teatro João Caetano, dentro do Projeto
Seis e Meia, coordenado então por Albino Pinheiro. No espetáculo a vida
e a obra do compositor são apresentadas através da viagem musical do
Grupo Bons Tempos e dos textos do jornalista Sérgio Cabral, biógrafo do
compositor.
“Ary, o Brasileiro” fez parte das comemorações oficiais aos cinqüenta
anos da Petrobras e foi uma homenagem ao centenário de nascimento do
compositor. Uma turnê nacional foi realizada, entre setembro de 2003 e
maio de 2004, levando a obra de Ary a destinos como Rio de Janeiro
(Teatro Rival e sala Baden Powell), São Paulo, Brasília, Belo Horizonte,
Salvador, Manaus, Aracajú e Porto Alegre (entre outras), num total de 52
shows, em teatros ou espaços equivalentes.
O projeto se encontra em fase de pós-produção, devendo ficar pronto para
ser comercializado no final de novembro /início de dezembro.
A IDÉIA
A idéia de fazer este musical surgiu em 1992, quando os integrantes do
Grupo Bons Tempos identificaram que as canções de Ary Barroso estavam
muito presente no repertório do quinteto. A história de vida de Ary
contribuiu, já que ele foi uma controversa figura, capaz de cantar a
singeleza das coisas do morro e, ao mesmo tempo, compor trilhas para
filmes de Walt Disney em Hollywood, atuar como vereador (“um desastre”,
nas palavras do próprio), advogado (apesar de reconhecer que não nasceu
para isso), jornalista, narrador esportivo e homem de rádio e televisão.
Ou seja, um dos personagens mais marcantes do Rio de Janeiro nas décadas
de 40 e 50.
Por uma dessas coincidências do destino, em meados de 1993, Sérgio
Cabral lançou o livro “No Tempo de Ary Barroso”, pela Editora Lumiar.
Foi quando o Grupo Bons Tempos encontrou o parceiro ideal para a
empreitada: se Sérgio Cabral concordasse, ele assinaria o roteiro e os
textos do espetáculo, enquanto o Grupo cuidaria da parte musical.
Conclusão: depois de algumas garrafas de uísque, o ilustre jornalista
estava totalmente convencido da importância de prestar mais esta
homenagem ao mestre. O próprio Sérgio Cabral aparece em vídeos
projetados num telão, mostrando três locais onde Ary Barroso viveu bons
momentos: o bar Vilariño, os estúdios da Rádio Nacional e o Estádio do
Maracanã.
O resultado é um espetáculo alegre e dinâmico, onde a obra de Ary
Barroso é executada pelo Grupo Bons Tempos com leituras diversificadas e
arranjos para várias formações instrumentais. Tudo embalado pela
lembrança de histórias que destacam aspectos peculiares da vida do
compositor.
Para interpretar as canções, o Grupo Bons Tempos (composto por violão de
sete cordas, cavaquinho, timba, pandeiro e vozes) conta com o reforço de
sete músicos convidados: Goyo Lima (saxofones e flauta), Rubinho Antunes
(trompete), Lucimar (saxofone de vara), Ricardo Matsuda (violão e
baixo), Guilherme Ribeiro (piano e teclados) e Pepa D’Elia (bateria).
QUEM É O GRUPO BONS TEMPOS
Fiel às raízes do samba e juntos há 20 anos, o Grupo Bons Tempos é
formado por Alfeu (cavaquinho e vocais), Caco (vocal solo e percussões),
Chiquinho (pandeiro e vocais), Elder (timba e vocais) e Newton (violão
de sete cordas e vocais). Em todos esses anos, eles executam, de maneira
tradicional e com arranjos vocais, o melhor do repertório de Cartola,
Ary Barroso, Noel Rosa, Adoniran Barbosa, Vinicius de Moraes, Chico
Buarque e Paulinho da Viola, entre tantos outros.
Texto:
Sérgio Cabral
O novo CD
pode ser encontrado em:
-
Deck
Sousas (3258 1768) - Campinas
-
FNAC
Campinas
-
Pulsar CDs e DVDs (32343155) - Campinas
-
Armazém Digital (Rio de Janeiro) (21 2101 9300) e
-
FNAC
Barra Shopping (21 2109-2000).
Escute uma amostra do
trabalho:
Cantar
(Godofredo Guedes)
Com Bons Tempos
Atenção: para ouvir a
amostra você precisa do RealPlayer (gratuito) instalado em seu computador.
Pegue-o na seção de informática do Terra,
clicando aqui.
CD Recomendado pelo
MPBNet:
Na Mesa do Samba
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